Folclore da Paralisia do Sono


Na Suécia, a paralisia do sono é vista como causada por uma égua (Mare), uma criatura sobrenatural relacionada com o lobisomem. A Mare é uma mulher maldita, que perdeu misteriosamente o corpo durante o sono. Neste estado, ela visita as suas vítimas e senta-se em cima do seu peito enquanto estão dormindo, fazendo com que elas tenham pesadelos.

Na Carolina do Sul e na Geórgia (Estados Unidos), a paralisia do sono é descrita como a figura negativa da Hag, que deixa seu corpo físico durante a noite e senta-se no peito de sua vítima. A vítima geralmente acorda com uma sensação de terror, tem dificuldade em respirar por causa de uma percepção de peso pesado invisível no seu peito, e é incapaz de se mover. Esta crença foi importada da Inglaterra.

Nas Fiji, a experiência é interpretada como "kana tevoro" (ser comido por um demónio). Em muitos casos, o demónio pode ser o espírito de um parente morto recentemente, que voltou para alguns negócios inacabados ou para comunicar uma notícia importante. Muitas vezes, outras pessoas dormindo perto da pessoa atingida dizem "kania kania" (come! come!). A vítima acorda com a experiência e é frequentemente solicitado que imediatamente lançe uma maldição ou que diga ao espírito do parente para se ir embora.

Na Turquia e em muitas outras comunidades islâmicas, a paralisia do sono é chamada de "Karabasan", que é muito semelhante à clássica história de um demónio visitar uma pessoa em repouso. Basicamente, um demónio islâmico (um Djinn) trata de prender a vítima o suficiente para não permitir qualquer tipo de movimento, começa a estrangular a pessoa, e ela costuma ouvir a voz do djinn. Para se livrar da criatura demoníaca, é preciso orar a Deus, citando certas linhas do Alcorão. Se alguém não reza imediatamente, diz-se que a criatura demoníaca vai matar a pessoa por estrangulamento. Algumas mulheres acreditam que a criatura as viola através desse processo, devido a acordarem com uma dor ao redor da área da vagina e com um sentimento de dor de cabeça.

Na Europa, durante o século XIX, os caprichos da dieta foram vistos como as causas da paralisia do sono. Por exemplo, Charles Dickens, em "Um Conto de Natal", atribui este distúrbio a uma má digestão: "... um pouco indigesto de carne bovina, uma mancha de mostarda, uma migalha de queijo, um fragmento de uma batata mal passada...".

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