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A mostrar mensagens de junho, 2011

Paralisia do Sono (relatos)

O leitor pode utilizar esta página para partilhar, através dos comentários, a sua experiência com a paralisia do sono. Agradeço a colaboração. O seu relato vai ajudar muitas pessoas a ultrapassar a angústia inerente a este distúrbio do sono. Se quiser também pode deixar o seu relato na nossa página no Facebook. Clique aqui para aceder a essa página.

Os nervos

Os nervos são formados por grupos de axónios, pelos vasos sanguíneos que os acompanham e pelo tecido conjuntivo que os rodeia. Agrupam-se nos centros nervosos e a partir daí distribuem-se por todo o corpo cumprindo a função de transmissores de sensações ou de impulsos motores. Os axónios, ou fibras nervosas, podem chegar a ter um comprimento bastante grande. Vários axónios rodeados de tecido fibroso formam um nervo. Os neurónios dos nervos são classificados de acordo com a função fisiológica que têm no organismo, existindo neurónios que são sensoriais e outros que são motores - a maioria dos nervos contém quer neurónios sensoriais, quer motores. Os sensoriais transmitem impulsos nervosos dos sensores do corpo para o sistema nervoso central; os motores transmitem, do sistema nervoso central, as ordens de contração dos músculos.

Sono REM

O sono REM é a fase do sono na qual ocorrem os sonhos mais vívidos. Durante esta fase, a atividade cerebral é similar à do estado de vigília e os olhos movem-se rapidamente - o movimento dos olhos é gerado pelo NGL do Tálamo e associado a ondas occipitais. Ocorrem cerca de 4/5 períodos REM durante o sono, sendo que a duração dos mesmos depende da idade: nos recém-nascidos o sono REM ocupa 80% do total do sono, nos adultos 25% e nos idosos apenas 10%. Recentemente, foi descoberto que os fetos também sonham. O REM é mais comum nas últimas horas do sono, após o corpo já se ter restabelecido com o sono profundo. É por isso que nos lembramos melhor dos sonhos que tivemos pouco antes de acordar. No sono REM, o cérebro bloqueia os neurónios motores, para que o corpo não atue fisicamente durante os sonhos. Os músculos ficam então muito relaxados e o resultado é a paralisia do sono.

Fisiologia dos músculos

Os movimentos do corpo são o resultado da contração dos músculos aplicada a um complexo sistema de "alavancas" formado por ossos e articulações. Os músculos estão ligados aos ossos, normalmente por ambos os lados da articulação, de modo que quando se contraem aproximam um osso do outro e quando relaxam afastam-no. É assim que o movimento é gerado. Contudo, a ordem de execução do movimento provém do cérebro e depende integralmente do sistema nervoso. As células nervosas, os neurónios, estimulam as fibras musculares através do envio de sinais químicos transmitidos pelos neurotransmissores. É o que provoca a contração muscular.

A serenidade perante a paralisia do sono

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"Conservar a sua serenidade frente a algo sombrio, que requer responsabilidade além de toda medida, não é algo que exige pouca habilidade: e, no entanto, o que seria mais necessário do que a serenidade?" (Friedrich Nietzche, Crepúsculo dos Ídolos) A serenidade durante os episódios de paralisia do sono é a melhor arma para ultrapassar a angústia dos mesmos. Afinal de contas, todo o tipo de alucinações que possam surgir durante esses episódios não correspondem ao real, não correspondem ao mundo objetivo. É apenas um sonho. Nós, ocidentais, infelizmente fomos educados na cultura do "bicho-papão" e por isso tendemos a ficar assustados com tudo. Podemos aprender com os monges tibetanos nesta matéria: eles não tomam essas alucinações como reais, mas sim como instrumentos que permitem cultivar a grandeza de espírito. Deixo abaixo o relato de um jovem que conseguiu manter a tranquilidade durante um episódio de paralisia do sono e dessa forma ultrapassou todas as barre

Sonho Lúcido

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Durante a paralisia do sono, estamos às portas do nosso universo onírico. Em tal fase, podemos reverter o processo letárgico ou dar-lhe continuidade. Se nos aterrorizarmos ante a impossibilidade de movimento e as percepções alteradas, o reverteremos. Se nos mantivermos tranquilos e permitirmos que o processo natural do sono tenha continuidade, teremos a experiência fantástica do sonho lúcido. É uma experiência cobiçada por muitos. Nos sonhos normais, nunca percebemos que estamos sonhando. Sempre acreditamos estar acordados: fugimos dos perigos, nos preocupamos em resolver os problemas com os quais nos deparamos, tememos as reações das pessoas e animais com os quais estamos sonhando, etc. No sonho lúcido, esta falta de discernimento não existe. O sonhador compreende que está sonhando e age de acordo com esta compreensão. Como ter sonhos lúcidos 1. Vá dormir uma ou duas horas mais cedo que de costume, ou apenas fique deitado, sem dormir. Uma alternativa consiste em pôr um desperta

Narcolepsia

Se você experimenta episódios de paralisia do sono logo ao adormecer (sem que os mesmos tenham sido induzidos, claro), isso significa que sofre provavelmente de narcolepsia. Paralisia do sono ao adormecer é sempre caso patológico, não uma falha natural do sistema neuro-fisiológico. A narcolepsia caracteriza-se por uma vontade enorme de dormir durante o dia, mesmo quando a pessoa já dormiu as 8 horas necessárias para o bom funcionamento do organismo. Isto traz problemas para a vida profissional do doente de narcolepsia, pois essa sonolência excessiva é vista, erradamente, como preguiça. Essa irresistível vontade de dormir provoca facilmente paralisia do sono, bastando para ela ocorrer o doente sentar-se num sofá ou deitar-se numa cama... pois rapidamente adormece. Felizmente, a narcolepsia tem tratamento. Se você precisa de mais de 8 horas de sono para se sentir bem, se estiver constantemente sonolento durante o dia e se experimentar episódios de paralisia do sono logo ao adormece

Paralisia do sono sem alucinações

As alucinações não são regra geral durante os episódios de paralisia do sono. É possível uma pessoa ter dezenas destes episódios sem experimentar alucinações, dado que as mesmas estão dependentes da frequência das ondas cerebrais durante o estado REM: quanto mais elevada é a frequência, mais alucinações podem ocorrer. Os sintomas fundamentais deste distúrbio são os seguintes: a vítima sabe que acordou, mas não se consegue mexer; sensação de estar preso à cama e de ter um peso em cima do peito; dificuldade em respirar profundamente. Estes são os sintomas habituais, sendo que a partir daqui podem ou não surgir alucinações.

Glicina

A glicina é um dos aminoácidos codificados pelo código genético, sendo portanto um dos componentes das proteínas dos seres vivos. A paralisia do sono é causada pela libertação de glicina do tronco cerebral nos motoneurónios (os neurónios que transmitem os impulsos do cérebro ou da medula espinal). Nesta função neurotransmissora, a glicina é a principal responsável pelo relaxamento dos músculos durante o estado REM. Para desativar a atonia REM, o cérebro utiliza a estricnina que bloqueia os receptores ionotrópicos de glicina. A estricnina atua, dessa forma, como antagonista da glicina quanto ao controle voluntário dos músculos.

Como induzir a paralisia do sono (III)

Sabe quando se deita para dormir e fica se mexendo de um lado para o outro até adormecer de vez? Você deita-se numa posição confortável e tenta dormir. Aí, sente que é melhor virar-se para o outro lado, e fica assim algumas vezes, sempre a mexer-se. Então, desta vez, deite-se numa posição confortável e não se mexa. Quando chegar a hora em que lhe apetece virar para o outro lado, não se mexa. Controle-se. A vontade de se mexer vai aumentar, mas use a sua força mental e não se mexa de forma alguma. Ao mesmo tempo, tente relaxar, mas não adormeça. Permaneça concentrado e tente esvaziar a sua mente de qualquer pensamento. O que acontece: o cérebro cria essa vontade de se mexer como um teste para ver se você já está "no ponto". Ou seja, você vai ficar se mexendo até o sono ser muito grande, aí, quando você não se mexer mais, o cérebro percebe que é hora de dormir e começa a "desligar" seus músculos (paralisia do sono). É dessa forma que o cérebro percebe quando você