Relato de Liliane Santos
Lembro-me de minha mãe contar que ela um dia passava esmalte semi-deitada na cama, ao contrário do normal, pois ela sempre fazia uma oração e dormia, mas naquele dia passou esmalte vermelho e, quando se recostou na cama para o esmalte secar, disse que viu ao seu lado uma espécie de anão que pulava e sorria para ela, e que estava sem forças, mas acabou por conseguir se cobrir e dormiu sem descobrir o que era. Já ouvi relatos dela de que estava amanhecendo o dia e sentiu algo pesado sobre si, a voz da minha irmã dizendo «Mãe», ouvir barulhos no banheiro... Coisas assim. Lembro-me de minha irmã também ter experiências assim, acho que é hereditário. Por volta dos meus 12 anos comecei a ter experiências assim. Sentia algo pesado em cima de meu peito, às vezes do pescoço, e várias vezes senti o corpo todo paralisado e um medo terrível de uma presença má. Eu lutava, lutava e conseguia então gritar «Mãe, quero dormir aí contigo», e ela dizia vem. Havia dias que o medo era tão grande que eu p